domingo, 19 de outubro de 2008

Em algum lugar do passado...


É lá, em algum lugar do passado que eu me perdi, em um túnel do tempo que parou por ali, estacou, e acorrentada no passado fiquei, não mais me vi, presa do medo, do horror onde meu mundo parou.
Infante errante, dolorosamente inocente, sofri.
E assim, timidamente cresci, esquecida da vida, vida que também me esqueceu, me deixou por ali, no frio mar revoltoso, de salobras àguas que engoli.
Amargas águas do passado, passado em dores, onde eu permaneci, e onde esqueceram-se de mim.
No vai e vem das ondas todos se foram, e eu adormeci, perdida na insignificância que foi a minha vida esquecida.
Um grão de areia na imensidão do mar da intolerância, um invisível ser, ou não ser, que ninguém sequer via, e tanto fazia eu estar ou, não estar, nem percebiam, sequer adiantava eu tentar participar, não me ouviam.
Afinal, só mais um grão de areia invisível no chão.

É, eu já estive lá...

segunda-feira, 13 de outubro de 2008

É quando a chuva cai...


"A chuva trás
consigo uma reflexão
do que somos,
do que temos…
E daquilo que realmente queremos…
Estar só enquanto a chuva cai
pode ser deprimente…
se não houver ao menos alguém em mente
que possa aquecer sua alma.
A chuva, qualquer que seja ela, nos dá frio.
E não é aquele que um casaco possa resolver…
Ao nos molharmos repentinamente
muitas vezes enxarcamos nossas almas
para não ficarmos sozinhos…
São pensamentos saudosos
de alguém que já se foi…
São dores de amores também idos…
Chove.
Os homens fecham portas e janelas…
Matéria. Pura matéria!
O que realmente conta é o canal que se abre
quando nos deixamos molha..."


Ontem á noite quando começou a chover, fui para o quarto e desejei adormecer, tentando fugir daquela solidão que insistia em me fazer companhia naquele momento...
Parecia que tinha passado pouco tempo desde o momento em que deitei a cabeça naquele travesseiro, parecia que tinha acabado de adormecer naquele instante, mas a verdade é que se passaram meses e meses, que até se completaram anos.
Quando acordei era uma bela manha, num dia que não sabia qual seria... Olhei pela janela e recordei de tudo o quanto nesta vida se passou, foram lágrimas perdidas por quem não merecia e sorrisos falsos para quem sempre me acompanhou. Embora muitas lágrimas outrora tenha deixado aqui cair, hoje quando acordei do pesadelo surgia no horizonte um belo nascer do sol !
Aiii, como aquele nascer do sol me trouxe conforto até a alma. Acordei só mas feliz, sem nada que me podesse estragar este momento. Sem palavras cobertas pela mentira, sem palavras adulteradas, sem palavras com segundas intenções, sem falsidades e sem ter de me esconder quando minha vontade é de dizer ao mundo que hoje eu acordei feliz.

Esta manhã comecei a abandonar aos poucos e poucos tudo o que de mal sobrevoava meus pensamentos e aproveitar cada segundo da vida em vez de pedir à vida mais um segundo.

domingo, 12 de outubro de 2008

Comecei pelas cores......e se for preciso....


Eu mudei...
A cor do blog, do meu cabelo, das minhas roupas...
Eu mudei...

Deixei o "luto" de lado, o ar sombrio, o jeito dark....
Voltei a ver as cores na vida, cores em tudo!!!
E se for preciso, eu me reinvento de novo, pois eu me adapto fácil e recomeço quantas vezes forem preciso...

"E se for preciso...
reinventar a vida e me fazer de conta, retomar a alma já pronta de onde nada mais restou...Eu vou! Se for preciso restaurar a dor e me doer de novo no cio ardente e copioso do mal ausente que ficou...Eu vou! Se for preciso reanimar a luz extinta no crepúsculo imponderável do minúsculo grão de areia que se apagou...Eu vou! Se for preciso reinventar o amor numa paixão suicida e reencontrá-la além da vida na lida que a paixão deixou...Eu vou!"

sábado, 11 de outubro de 2008

Não era pra ser assim...!

Sinceramente...
não criei este blog com o intuito de ficar falando sobre mim ( não desse jeito), sobre como eu era ( e talvez ainda seja), sobre a tristeza, a solidão, a timidez, a perda, a decepção...
Tudo isso é passado, é tudo o que quero guardar aqui dentro, só pra mim...
Não é essa imagem que eu quero passar... eu mudei, eu tô tentando mudar!
Olhem pra mim! Não para aquela que eu mostrava ao mundo! Na verdade, vamos esquecê-la!
Antes, apenas uma menina solitária, tímida, que não sabia mais sorrir...
Hoje, aquela que mudou o seu jeito de ser, de agir, de pensar... mudou por amor... amor próprio!
O fato é que não devemos julgar o livro pela capa!
Sei que no livro da minha vida há alguns capítulos chatos e entediantes, mas o próximo pode ser surpreendentemente agradável!
Todos merecemos uma segunda chance, para mudar, para melhorar...
Pois no livro das nossas vidas, não existe final, apenas páginas em branco, onde podemos nos reinventar o tempo todo, a cada parágrafo, a cada nova página...
Eu mudei o tema....
E posso até contrariar a capa... porque não?